Texto 1: A carta
Esta história é de dois namorados, ele chamado Haroldo e ela, Marta. Os dois brigaram feio, e Marta escreveu uma carta para Haroldo, rompendo definitivamente o namoro e ainda dizendo uma verdade que ele precisava ouvir. Ou, no caso, ler. Mas Marta se arrependeu do que tinha escrito e no dia seguinte fez plantão na calçada em frente do edifício de Haroldo, esperando o carteiro. Precisava interceptar a carta de qualquer jeito. Quando o carteiro apareceu, Marta fingiu que estava chegando ao edifício e perguntou:
_ Alguma coisa para o 702? Eu levo.
Mas não tinha nada para o 702. No dia seguinte tinha, mas não a carta de Marta. No terceiro dia, o carteiro desconfiou, hesitou em entregar a correspondência a Marta, que foi obrigada a fazer uma encenação dramática. Não era do 702. Era a autora de uma carta para o 702. E queria a carta de volta. Precisava daquela carta. Era importantíssimo ter aquela carta. Não podia dizer por quê. Afinal, a carta era dela mesma, devia ter o direito de recuperá-la quando quisesse! O carteiro disse que o que ela estava querendo fazer era crime federal, mas mesmo assim olhou os envelopes do 702 para ver se entre eles estava a carta. Não estava. No dia seguinte – quando Marta ficou sabendo que o carteiro se chamava Jessé e, apesar de tão jovem, já era viúvo, além de colorado – também não. No outro dia também não, e o carteiro convidou Marta para, quem sabe, um chope. Na manhã depois do chope, a carta ainda não tinha chegado e Marta e Jessé combinaram ir ver Titanic juntos. No dia seguinte – nem sinal da carta – Jessé perguntou se Marta não queria conhecer sua casa. Era uma casa pobre, morava com a mãe, mas, se ela não se importasse... Marta disse que ia pensar.
No dia seguinte, chegou a carta. Jessé deu a carta a Marta. Ela ficou olhando o envelope por um longo minuto. Depois a devolveu ao carteiro e disse:
_ Entrega.
E, diante do espanto de Jessé, explicou que só queria ver se tinha posto o endereço certo.
Luís Fernando Veríssimo. Histórias brasileiras de verão.
Esta história é de dois namorados, ele chamado Haroldo e ela, Marta. Os dois brigaram feio, e Marta escreveu uma carta para Haroldo, rompendo definitivamente o namoro e ainda dizendo uma verdade que ele precisava ouvir. Ou, no caso, ler. Mas Marta se arrependeu do que tinha escrito e no dia seguinte fez plantão na calçada em frente do edifício de Haroldo, esperando o carteiro. Precisava interceptar a carta de qualquer jeito. Quando o carteiro apareceu, Marta fingiu que estava chegando ao edifício e perguntou:
_ Alguma coisa para o 702? Eu levo.
Mas não tinha nada para o 702. No dia seguinte tinha, mas não a carta de Marta. No terceiro dia, o carteiro desconfiou, hesitou em entregar a correspondência a Marta, que foi obrigada a fazer uma encenação dramática. Não era do 702. Era a autora de uma carta para o 702. E queria a carta de volta. Precisava daquela carta. Era importantíssimo ter aquela carta. Não podia dizer por quê. Afinal, a carta era dela mesma, devia ter o direito de recuperá-la quando quisesse! O carteiro disse que o que ela estava querendo fazer era crime federal, mas mesmo assim olhou os envelopes do 702 para ver se entre eles estava a carta. Não estava. No dia seguinte – quando Marta ficou sabendo que o carteiro se chamava Jessé e, apesar de tão jovem, já era viúvo, além de colorado – também não. No outro dia também não, e o carteiro convidou Marta para, quem sabe, um chope. Na manhã depois do chope, a carta ainda não tinha chegado e Marta e Jessé combinaram ir ver Titanic juntos. No dia seguinte – nem sinal da carta – Jessé perguntou se Marta não queria conhecer sua casa. Era uma casa pobre, morava com a mãe, mas, se ela não se importasse... Marta disse que ia pensar.
No dia seguinte, chegou a carta. Jessé deu a carta a Marta. Ela ficou olhando o envelope por um longo minuto. Depois a devolveu ao carteiro e disse:
_ Entrega.
E, diante do espanto de Jessé, explicou que só queria ver se tinha posto o endereço certo.
Luís Fernando Veríssimo. Histórias brasileiras de verão.
10 comentários:
profesora ficou muito legual o q vc fes e eu fui o primeiro a le da um comentario queria lhe da os parabens e diser q eu ñ sei o q e pra fase xauzin bjs do seu aluno marllon alexsander da silva carrasena fui.......................
Não,por que ela iria se arrenpender pois isso ecrime sabendo que ele era pobre ,viuvo e morava com a mãe.
Aluna:gabrielle Fonseca Menezes
O procedimento de Marta,em relaçoa
a carta estaria correto em ambas as
partes,pois havia um arrependimento
no seu ato.
Mais um fato novo,fez com que ela
pensa-se diferente;que foi passar a
se entender com o carteiro que lhe
despertou um novo sentimento.
Em substituiçao ao depoimento ante-
rior.
Aluna:Gabrielle Fonseca Menezes
Não,por que ela iria se arrenpender pois isso ecrime sabendo que ele era pobre ,viuvo e morava com a mãe.
aluna:maria elenice alves de brito.
turma:702
Não,por que ela iria se arrenpender pois isso ecrime sabendo que ele era pobre ,viuvo e morava com a mãe.
mais convido ela para ir a casa dele mesmo sendo pobre.
aluna:maria elenice alves de brito
turma:702
eu acho errado
por que é crime federal PEGAR A CARTA DE VOLAT.
depois de ela ter se arrenpendido
alunos:Anderson santos silva
Denize maria
Ines celecina da silva pereira
VANDERLEIA TEREZA DA SILVA
TURMA 704 TRNO NOITE
oi professora estou aki de novo
mas agora ñ e pra da o meu comentario e sim
pra te deseja melhoras a sueli falou q vc estava um pouco mal entao e isso thau thau
tatiane heloiza turma 702 turno tarde
eu gostei da parte q ela dise assim no finalzinho assim ela assim explicou que só queria ver se tinha posto o endereço certo.
entao isto queria diser q ela começou a gostar do carteiro na verdade se apaixonou pelo cateiro né mais é isso eu acho q ela fez a coisa certa.
daniel gabriel
turma:604
Marta não estava certa de pegar a correspondência que não era dela, mesmo que tenha sido a autora da mesma.
Aluno:Angelo Marcio P. B. de Oliveira.
Turma:704.
11 de Março de 2008 15:35
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